Sexta-Feira, 07 de Novembro Paraguaçu Paulista 32ºC - 15ºC veja mais

Alzheimer: identificados 42 genes para conhecer melhor a doença

07/04/2022 - Estudo é de um grupo de cientistas europeus


Alzheimer: identificados 42 genes para conhecer melhor a doença

Grupo de pesquisadores europeus identificou 75 áreas do genoma humano associadas à doença de Alzheimer, das quais 42 nunca tinham sido relacionadas à doença. A nova lista de genes oferece oportunidade para melhor compreensão dos processos degenerativos, assim como novas pistas para tratamento mais eficaz.

O estudo recolheu dados de 111.326 casos para caracterizar o quadro genético da doença de Alzheimer. Para estudo comparativo foram também analisados dados do genoma humano de 677.663 indivíduos saudáveis.

Os genomas foram fornecidos por clínicas em mais de 15 países da União Europeia e dados provenientes da Argentina, Austrália, do Brasil, Canadá, da Islândia, Nigéria, Nova Zelândia, do Reino Unido e dos Estados Unidos.

"Esse é um estudo de referência no campo da pesquisa do Alzheimer e é o resultado de 30 anos de trabalho", disse a coautora do estudo Julie Williams, diretora do Centro de Pesquisa de Demência do Reino Unido, na Universidade de Cardiff.

Os 42 genes associados à doença indicam novos caminhos para combater sua progressão.

Se o tabagismo, a atividade física ou a dieta podem influenciar o risco de desenvolver o Alzheimer, Williams destaca que a genética pode também contribuir para a patologia.

"Sessenta a 80 por cento do risco de doença é baseado na nossa genética e, portanto, devemos continuar a procurar as causas biológicas e desenvolver tratamentos muito necessários para milhões de pessoas afetadas em todo o mundo", observou.

Sistema imunológico

Além do já conhecido gene APOE e4 ou das proteínas de beta-amilóide e tau, na nova lista estão identificados genes associados a processos de inflamação e células do sistema imunilógico que podem danificar células cerebrais.

A análise detalhada de um regulador imunológico chamado Lubac, necessário ao corpo para ativar os genes e prevenir a morte celular, foi um dos pontos de partida.

O estudo descobriu que a microglia, célula do sistema imunológico no cérebro, que tem por missão "tirar o lixo" – limpar os neurônios danificados – desempenha papel fundamental em pessoas diagnosticadas com doença de Alzheimer.

Alguns dos genes descobertos podem fazer com que a microglia seja menos eficiente. Se essa célula perder eficácia, "a doença poderá ser acelerada", disse Julie Williams.

O estudo identificou também genes associados à inflamação, que envolvem citocinas ou proteínas capazes de provocar a morte de células tumorais. O mau funcionamento dessas proteínas pode permitir que inflamações evoluam para tumores.

O corpo desencadeia processo inflamatório como mecanismo de defesa para matar agentes patogênicos. Desempenha também papel na remoção de células danificadas. O estudo encontrou um conjunto de genes associados às proteínas de Necrose Tumoral Alfa, como é denominado.

Durante a análise desses processos, a investigação encontrou uma proteína que se destacou no sistema imunológico para regular a inflamação. Embora o verdadeiro papel do processo químico seja reunir as defesas do corpo para a luta contra a infecção, essa reação também tem impacto em muitas doenças autoimunes, nas quais o corpo se volta contra si mesmo, como artrite reumatoide, psoríase, doença de Crohn e diabetes tipo 1, explicam os cientistas.

As interações genéticas foram encontradas pelo estudo e todas mostram que "a doença de Alzheimer é multifatorial, composta de diferentes patologias, e cada pessoa tem seu próprio caminho", disse Richard Isaacson, diretor da Clínica de Prevenção de Alzheimer, do Centro de Saúde do Cérebro, da Faculdade de Medicina Schmidt da Florida Atlantic University.

"A doença se apresenta de maneira diferente e progride de maneira diferente em pessoas diferentes", explicou Issacson.

Essas descobertas fornecerão aos cientistas novos indicadores e ferramentas para tratamentos, medicamentos e conselhos para alterações de estilo de vida, que podem reduzir o risco da doença cerebral, dizem os pesquisadores.

Para Isaacson, o futuro da doença de Alzheimer é a medicina de precisão e prevenção.

Fonte: Agência Brasil



MAIS NOTÍCIAS

Paraguaçu segue tendência do Brasil e tem Maria e José como os nomes mais populares na cidade

Município tem 2.294 Marias e 988 Josés. Sobrenome Silva também é o mais popular.

Confira nomes e sobrenomes mais comuns no país, segundo o IBGE

Maria, José, Silva e Santos lideram ranking do IBGE.

Maioria da população vive em união conjugal em Paraguaçu Paulista

Segundo dados do IBGE, 51% vivem com parceiro ou parceira na cidade.

Uniões conjugais com crianças e adolescentes de até 14 anos acendem alerta na região

A maioria dos casos registrados envolve meninas.

Energisa alinha estratégias para atuação das equipes em mais um fim de semana chuvoso

Ventos fortes podem chegar a 90 km/h em algumas localidades.

Mulher é morta a facadas ao sair de supermercado em Assis

Crime foi registrado na noite desta quinta-feira (6). Vítima foi esfaqueada pelas costas.

Procurando looks para o Baile do Hawaii? Vem para a Atrevida Modas

Variedade em vestidos estampados, conjuntos e macaquinhos lindíssimos.

Defesa Civil alerta para tempestades e ventos de mais de 80km/h na região neste fim de semana

Tempestade será provocada pela passagem de um ciclone extratropical

ANUNCIE DIVULGUE