Quinta-Feira, 25 de Dezembro Paraguaçu Paulista 34ºC - 24ºC veja mais

STF decide que crime de injúria racial não prescreve

29/10/2021 - Casos de injúria podem ser enquadrados criminalmente como racismo.


STF decide que crime de injúria racial não prescreve

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira (28) que o crime de injúria racial não prescreve. A Corte entendeu que casos de injúria podem ser enquadrados criminalmente como racismo, conduta considerada imprescritível pela Constituição.

O caso envolve uma mulher idosa de 79 anos que foi condenada pela Justiça do Distrito Federal a um ano de prisão pelo crime de injúria qualificada por preconceito. A sentença foi proferida em 2013.

A situação que levou à condenação ocorreu um ano antes em um posto de gasolina. A acusada queria pagar o abastecimento do carro com cheque, mas ao ser informada pela frentista que o posto não aceitava essa forma de pagamento, ofendeu a funcionária com os seguintes dizeres: “negrinha nojenta, ignorante e atrevida”.

A defesa sustentou no processo que a autora das ofensas não pode ser mais punida pela conduta em razão da prescrição do crime. Para os advogados, ocorreu a extinção da punibilidade em razão da idade. Pelo Código Penal, o prazo de prescrição cai pela metade quando o réu tem mais de 70 anos.

Além disso, a defesa sustentou que o crime de injúria racial é afiançável e depende da vontade do ofendido para ter andamento na Justiça. Dessa forma, não pode ser comparado ao racismo, que é inafiançável, imprescritível e não depende da atuação da vítima para que as medidas cabíveis sejam tomadas pelo Ministério Público.

Votos

O caso começou a ser julgado no ano passado, quando o relator, ministro Edson Fachin, proferiu o primeiro voto do julgamento e entendeu que a injúria é uma espécie de racismo, sendo imprescritível.

Em seguida, o ministro Nunes Marques abriu divergência e entendeu que o racismo e a injúria se enquadram em situações jurídicas diferentes. Para o ministro, o racismo é uma “chaga difícil de ser extirpada”, no entanto, a injúria qualificada é afiançável e condicionada à representação da vítima. “Não vejo como equipará-los, em que pese seja gravíssima a conduta de injúria racial”, afirmou.

Hoje, na retomada do julgamento, o ministro Alexandre de Moraes, que havia pedido vista do processo, votou para considerar o crime de injúria racial imprescritível. Moraes citou os comentários da idosa para exemplificar que trata-se de um caso de racismo.

 “Isso foi ou não uma manifestação ilícita, criminosa e preconceituosa em virtude da condição de negra de vítima? Logicamente, sim. Se foi, isso é a prática de um ato de racismo”, afirmou.

O entendimento foi seguido pelos ministros Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski e o presidente, Luiz Fux.

 

Fonte: Agência Brasil



MAIS NOTÍCIAS

Polícia Rodoviária prende criminoso por porte ilegal de arma de fogo em Santa Cruz do Rio Pardo

O infrator, um homem de 52 anos, possuí antecedentes criminais.

Família Eletro Clima deseja um Feliz Natal a todos os amigos e clientes

Agradecemos pela parceria neste ano que está terminando e que possamos seguir juntos em 2026.

Sunny Tecnologia agradece parceria de clientes e amigos em 2025

Que em 2026 possamos estar juntos novamente!

Energisa contabilizou 197 colisões contra postes na região de Paraguaçu Paulista em 2025

Concessionária reforça a importância dos cuidados preventivos nesses dias de maior fluxo de veículos

Jovem de 19 anos morre afogado em rio de Paraguaçu Paulista

Caso aconteceu no Rio do Burrinho, na noite de segunda-feira (22).

Polícia identifica suspeitos de atirar e matar jovem em avenida de Tupã

Crime aconteceu na noite de domingo na Avenida Tamoios e adolescente é suspeito de atirar na vítima.

Família procura por mulher que desapareceu após sair de casa em Assis

Conforme boletim de ocorrência, Márcia Ribeiro da Silva foi vista pela última vez na tarde de quinta

Jovens de 15 a 19 anos podem se vacinar contra HPV até junho de 2026

Ministério da Saúde quer vacinar cerca de 7 milhões de adolescentes

ANUNCIE DIVULGUE