Quarta-Feira, 05 de Junho Paraguaçu Paulista 28ºC - 13ºC veja mais

Quais cepas do coronavírus circulam pelo Brasil?

28/04/2021 - Pesquisa da Fiocruz aponta a existência de 92 cepas em todo o território nacional.


Quais cepas do coronavírus circulam pelo Brasil?

Atualmente existem 92 cepas do coronavírus circulando por todos os estados brasileiros, segundo dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Entre elas, três preocupam a comunidade de saúde, por possuírem maior capacidade de transmissão: a variante P1 (identificada em Manaus); B.1.1.7 (Reino Unido) e a B.1.351 (África do Sul).

O epidemiologista e professor das faculdades de Medicina da UFC e da UNICHRISTUS, Luciano Pamplona, explica que entre as centenas de cepas existentes do mundo, predominam-se aquelas que possuem maior transmissibilidade.

"Se uma cepa for mortal, a pessoa vai pegar, vai adoecer e vai morrer. Esse vírus não tem chance de se espalhar rapidamente. Tende a se espalhar mais as [cepas] que causam infecção assintomática, doenças mais leves, como a P1, por exemplo". Segundo o epidemiologista, a detecção de cepas no Brasil é feita por pesquisas e não por exames de rotina nos serviços de saúde.

No site da Rede Genômica da Fiocruz é possível conferir um infográfico, em constante evolução, com as cepas do coronavírus em circulação no país. O conteúdo é resultado da colaboração entre pesquisadores de todo o Brasil e a iniciativa GISAID. 

O epidemiologista e coordenador da Sala de Situação da Universidade de Brasília (UnB), Jonas Brant, destaca a importância da vigilância genômica dos vírus, como já é feito anualmente com a Influenza, para determinar o tipo de vacina que será aplicada na população.

“Nós temos que monitorar no mundo inteiro essas variações, para poder definir as que estão ocupando o maior número de casos e as mudanças genéticas que possam levar a um possível escape da vacina no futuro.”
Nesse sentido, o especialista ressalta a importância de reduzir rapidamente a transmissão do coronavírus e aumentar a cobertura vacinal.

“Essa é a grande cobrança que o mundo vem fazendo das estratégias de enfrentamento do Brasil. Porque hoje o Brasil se tornou o país com a maior transmissão do mundo e podemos ser o celeiro de uma nova variante – que pode surgir a qualquer momento – que escape da vacina”, comenta.


Aumento de óbitos e casos de Covid-19
O doutor e pesquisador da Universidade Federal do Ceará (UFC), Marco Clementino, relaciona o aumento de mortes pela Covid-19, em 2021, com a maior capacidade de transmissão das novas variantes do vírus.

“O aumento no número de mortes é provavelmente devido ao aumento nas taxas de infecções, ou seja, mais pessoas estão sendo infectadas pelo vírus. Variantes que são transmitidas mais facilmente podem ser responsáveis pelo aumento de casos.”

O epidemiologista da UnB, Jonas Brant, ressalta a sobrecarga no sistema de saúde causado pelo aumento de infecções.

“A gente tem visto uma das características dessa variante P1: ela aparentemente tem maior velocidade de transmissão e com isso tem atingido grupos mais jovens e aumentando a sobrecarga na rede hospitalar. A mesma coisa aconteceu com a [cepa] inglesa.”

No entanto para Brant, não são apenas as cepas que contribuíram para o aumento de casos no Brasil.

“Essas novas variantes nos colocam em um cenário de maior complexidade, mas acredito que não é o único fator. Outros países que tiveram mutações importantes, como por exemplo o Reino Unido, conseguiram lidar com esse cenário, utilizando as ferramentas da ciência para enfrentamento da pandemia.  O maior problema do Brasil é que nós estamos somente mitigando os impactos.”

Segundo o epidemiologista, medidas como aumento do número de leitos hospitalares não são muito frágeis, já que o sistema de saúde não possui médicos e insumos suficientes para manter a qualidade da assistência. Com isso, a taxa de letalidade pode continuar aumentando.

 
Medidas de prevenção
O epidemiologista Jonas Brant afirma que as medidas de prevenção para as novas cepas do coronavírus continuam as mesmas: uso de máscaras, manter os ambientes ventilados, evitar aglomerações, higienizar as mãos etc. Ele também recomenda reforçar a filtragem das máscaras.

“Nesse momento em que a probabilidade de entrar em contato com pessoas com vírus é cada vez maior, o uso da máscara de pano deve ser substituído pela máscara cirúrgica, por baixo da máscara de pano, ou pela máscara N95 ou PFF2. O uso de filtragens melhores pode garantir maior proteção.”

Fonte: Brasil 61



MAIS NOTÍCIAS

Prefeitura divulga atrações da 3ª Edição da Estância Sertaneja em Paraguaçu Paulista

O evento será nos dias 21, 22 e 23 de junho.

Presidente da ACE participa de evento que celebra 5 anos da Lei de Liberdade Econômica em Brasília

Evento será nesta quarta-feira, dia 5 de junho, às 11h, no Plenário da Câmara dos Deputados

Mais de 100 animais são atendidos durante Programa de Castração Móvel em Paraguaçu Paulista

Ao todo foram castrados 40 cães e 100 gatos.

Vereadores aprovam 12 requerimentos com questionamentos ao Prefeito Antian

Sessão Ordinária aconteceu na última segunda-feira, dia 3.

Câmara de Vereadores apoia resolução que veda a interrupção da gravidez acima de 22 semanas

Moção é de autoria do vereador Daniel Faustino.

Guarda Municipal realiza palestra em empresa de Paraguaçu encerrando a Campanha Maio Amarelo

Iniciativa tem como finalidade reduzir os números de acidentes de trânsito em todo o país.

Olimpíada de matemática: 18,5 milhões de alunos participam da 1ª fase

Provas são aplicadas nesta terça-feira (4)

Economia do país cresce 2,5% no primeiro trimestre, aponta IBGE

Comparação é com o mesmo período de 2023

Marque #tvparaguacu
ANUNCIE DIVULGUE