Suspeito de assassinar professora é preso em Teodoro Sampaio
10/03/2025 - Homem era namorado da vítima e estava foragido desde o crime.

O suspeito de assassinar a professora Jeane Aparecida Purcino, de 57 anos, no Assentamento Santa Zélia, nesta quinta-feira (6), em Teodoro Sampaio (SP), foi preso na tarde desta sexta-feira (7).
De acordo com a Polícia Civil, o investigado, de 45 anos, e a vítima namoravam. Ele estava foragido desde o crime.
Segundo a Polícia Militar, após cometer o assassinato, o suspeito fugiu do local com o veículo da companheira. Nesta sexta-feira, ele foi visto abandonando o veículo próximo a uma usina, na zona rural, e pegando outro carro.
Após uma denúncia, os militares foram até o local e realizaram a prisão do homem. Em buscas pessoais e veicular, nada de ilícito foi encontrado.
Ao ser questionado, ainda segundo a Polícia Militar, o investigado confessou o crime e alegou que agrediu a vítima porque teria descoberto que ela estaria envolvida em um relacionamento com outra pessoa.
Além disso, ele indicou o local onde havia abandonado o carro da mulher, o qual foi localizado pela polícia.
A Justiça acatou o pedido feito pela Polícia Civil e decretou a prisão temporária do suspeito pelo prazo inicial de 30 dias, que poderá ainda ser prorrogado por igual período ou ser convertido em prisão preventiva.
O preso será transferido para a Cadeia de Presidente Venceslau (SP), onde permanecerá à disposição do Poder Judiciário para a realização da audiência de custódia.
Nesta quinta-feira, a vítima chegou a ser socorrida e levada a atendimento médico no Hospital Regional, em Teodoro Sampaio, mas não resistiu e faleceu.
Jeane Aparecida Purcino era professora de artes e trabalhava na sala de leitura da Escola Estadual Professora Romilda Lázara Pillon dos Santos, no Assentamento Água Sumida, em Teodoro Sampaio.
Ela deixou um filho.
Testemunhas
De acordo com uma das testemunhas, de 44 anos, sua irmã havia lhe telefonado e informado que não estava conseguindo falar com a vítima. Diante disso, ela foi até a casa da mulher e a chamou por diversas vezes, porém, a professora não respondia.
Já outra testemunha, de 56 anos, informou aos policiais que foi até o local de trabalho da vítima e não a encontrou. Entretanto, quando estava quase chegando em casa, recebeu uma mensagem de áudio da mulher, que informava que estava tudo bem e que estaria na escola, onde não poderia falar.
Porém, como já sabia que a vítima não estava no local, foi até a residência da professora, que não mais respondia às mensagens.
À Polícia Militar, as testemunhas informaram que outros familiares foram até a residência da vítima e constataram que a casa teria sido arrombada, tendo em vista que um dos cômodos estava com a porta trancada.
Com a ajuda dos militares, uma das portas foi arrombada, mas o quarto estava vazio e com o ar-condicionado ligado.
Como não conseguiram contato com a vítima, as testemunhas foram até a Polícia Civil e acompanharam os agentes até o Assentamento Santa Zélia, na zona rural, para indicar a residência do suspeito, com quem a vítima tinha um relacionamento.
Em seguida, compareceram até o Hospital Regional, em Teodoro Sampaio, para onde a vítima havia sido encaminhada, mas logo souberam que a professora tinha morrido.
De acordo com a Polícia Militar, os familiares informaram que, desde o fim de semana anterior, não conseguiam falar com a vítima.
Além disso, alegaram que ela mantinha um relacionamento amoroso conturbado com o envolvido, que até já a teria ameaçado de morte.
Aos policiais, os familiares também disseram que a mulher teria informado que iria até o assentamento em que o homem morava para terminar o relacionamento.
Hematomas pelo corpo e afundamento no crânio
Ao chegarem ao assentamento, um senhor informou que o filho pediu para que socorressem a mulher, que estava em estado grave.
A vítima foi levada ao posto de saúde do assentamento para receber atendimento médico e depois foi encaminhada ao Hospital Regional, em Teodoro Sampaio.
Ainda conforme a Polícia Civil, a mulher apresentava diversos hematomas pelo corpo e um “afundamento na parte de trás do crânio”.
Foi solicitada à Polícia Científica a perícia na residência da vítima e na casa do suspeito.
Conforme a Polícia Civil, até o momento, não foi possível apurar a exata dinâmica dos fatos e a forma pela qual a vítima foi agredida, uma vez que a causa da morte depende do resultado dos exames periciais realizados pelo Instituto Médico Legal (IML).
O homem já tinha histórico de atos de violência doméstica contra uma ex-companheira.
A Polícia Civil instaurou inquérito para investigar o caso e pediu à Justiça a prisão temporária do suspeito por crime de feminicídio.
Fonte: G1