Na tarde de quarta-feira, 19 de junho, a Câmara de Vereadores promoveu a palestra “ABA – Melhorando a Qualidade de Vida e Autonomia das Pessoas com Autismo e outros Transtornos de Desenvolvimento”, proferida por Valéria Parejo, analista de comportamento BCBA.

A análise do comportamento aplicada, muito conhecida pela sigla ABA, é uma área de conhecimento que desenvolve pesquisas e aplicações a partir dos princípios básicos da ciência da análise do comportamento.

BCBA é a sigla para Behavior Analyst Certification Board, uma corporação sem fins lucrativos criada em 1998 para atender às necessidades de governos e consumidores de serviços de análise de comportamento do credenciamento de profissional conhecidos como Analistas do Comportamento. Os requisitos de certificação do BACB, conteúdo do exame e procedimentos são submetidos a uma revisão periódica de acordo com os padrões internacionais para as organizações que concedem credenciais a esses profissionais.

A certificação é muito importante, porque significa que a pessoa passou por um curso  rigoroso com supervisão intensiva para poder demonstrar habilidades para ajudar as crianças no espectro do autismo a alcançar novas habilidades, enquanto diminuem comportamentos que consideramos barreiras de aprendizado. Os profissionais que possuem BCBA são obrigados a demonstrar um alto nível de compreensão dos princípios comportamentais.

Em sua palestra na Câmara, Valéria explicou o que é o autismo e que o mesmo é dividido em 3 níveis: leve, moderado e severo. O autismo é um problema psiquiátrico que costuma ser identificado na infância, entre 1 ano e meio e 3 anos, embora os sinais iniciais às vezes apareçam já nos primeiros meses de vida. O distúrbio afeta a comunicação e capacidade de aprendizado e adaptação da criança.

Os autistas apresentam o desenvolvimento físico normal, mas têm grande dificuldade para firmar relações sociais ou afetivas e dão mostras de viver em um mundo isolado. Anteriormente, o problema era dividido em cinco categorias, entre elas a síndrome de asperger. Hoje, ele tem uma única classificação, com diferentes graus de funcionalidade e sob o nome técnico de transtorno do espectro do autismo.

O autismo não possui causas totalmente conhecidas, porém há evidências de que haja predisposição genética para ele. Outros reportam o suposto papel de infecções durante a gravidez e mesmo fatores ambientais, como poluição, no desenvolvimento do distúrbio.

“Precisamos de intervenção precoce para diminuir os custos financeiros, mas também de qualidade de vida para todas as pessoas envolvidas. Os autistas têm direito a educação em escolas públicas e particulares”, destacou Valéria.

A palestrante é uma das responsáveis pelo Espaço Potencial, que funciona na cidade de Marília e foi fundado há 10 anos por pais e amigos de pessoas autistas. O Espaço oferece serviços gratuitos para a população. Para mais informações, o e-mail de Valéria Parejo é: v.parejo@changingb.com

Ao final da palestra, Valéria recebeu uma lembrança das mãos do Presidente Serginho que agradeceu a disponibilidade para realizar esse importante evento em nossa cidade.

Assessoria de Imprensa da Câmara