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Consciência Negra: Trancista de Paraguaçu luta pelo empoderamento de mulheres pretas

20/11/2023 - Tathy Antônia devolve a autoestima a muitas mulheres estigmatizadas pelo racismo e preconceito.


Consciência Negra: Trancista de Paraguaçu luta pelo empoderamento de mulheres pretas

São cerca de 14 horas de trabalho quase todos os dias. De pé, com uma pulseira que acomoda a pomada modeladora e com os dedos calejados de centenas de histórias, Tatiana Antônia de Oliveira, a Tathy, dá vida a autoestima de mulheres estigmatizadas pelo racismo e preconceito, velado e descarado, existente em Paraguaçu Paulista e região.

Seu salão, localizado no bairro Barra Funda, ostenta o orgulho por sua descendência afro. Tem uma pintura de uma mulher preta e decoração em cores e tons que escancaram sua ancestralidade: “sou mulher preta com orgulho”, ela reforça.

Esse orgulho fica nítido em suas redes sociais, que ostentam fotos poderosas de uma linda mulher, preta, de tranças, com cicatrizes, com histórias de superação, histórias que para uns são vistas como vergonha, mas para ela como ‘a volta por cima’.

“Hoje eu sou uma mulher forte, que luta pela igualdade, não aceito menos que mereço e trago para todas as minhas clientes a autoestima e o empoderamento feminino, elas merecem ser felizes, elas são lindas”, destaca.

No salão da trancista Tathy Antônia, muito mais que cabelos, são trançadas e costuradas feridas e dores. É alí, entre um nó e outro, no vai e vem do entrelace dos fios, que cicatrizes são cauterizadas, enquanto mulheres negras que chegam assoladas pela baixa autoestima, vítimas de apontamentos, de preconceitos, de falta de oportunidades e de solidão, saem recarregadas de amor próprio, de coragem para se olhar no espelho e força para lidar com as tempestades impostas por uma sociedade patriarcal que não abre espaço no mercado de trabalho para a mulher preta, que não oferece uma rede de apoio para a mulher preta, que não ama a mulher preta e que ainda exige que a mulher preta se cale, não reclame, não queira ter seus direitos atendidos, que se vire sozinha.

“Meu salão não é só lugar de fazer tranças, eu não sou só uma trançadeira, eu sou quase uma psicóloga, e uso meu testemunho para praticar o amor, incentivar, colocá-las em frente ao espelho e mostrar para cada uma delas o quanto elas são maravilhosas, o quanto elas são lindas por dentro e por fora”, completa.

 

Redação TV Paraguaçu



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