Sexta-Feira, 15 de Agosto Paraguaçu Paulista 26ºC - 8ºC veja mais

Comissão adia de novo votação de projeto contra casamento homoafetivo

28/09/2023 - Relator pediu mais tempo para analisar argumentos.


Comissão adia de novo votação de projeto contra casamento homoafetivo

Pela segunda vez, a Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados adiou a votação da proposta que proíbe o casamento entre pessoas do mesmo sexo. O primeiro adiamento ocorreu na semana passada, após acordo entre deputados da base do governo e da oposição. Desta vez, o relator, deputado Pastor Eurico (PL-PE), pediu mais tempo para analisar as manifestações dos membros do colegiado.

“Gostaria de pedir que nos desse mais um tempo, em respeito aos que honrosamente falaram aqui e até aos que nos desrespeitaram, para provar que não há retaliação e não estamos aqui para impor nada”, disse nesta quarta-feira (27).

No parecer, Eurico defende a aprovação do Projeto de Lei 5167/09, que diz que relação entre pessoas do mesmo sexo não pode ser equiparada a casamento ou família.

Ele sugere a inclusão no Artigo 1.521 do Código Civil do seguinte trecho: “Nos termos constitucionais, nenhuma relação entre pessoas do mesmo sexo pode equiparar-se ao casamento ou a entidade familiar.” Atualmente, o Artigo 1.521 enumera os casos em que o casamento não é permitido, como união entre pais e filhos ou entre pessoas já casadas.

Desde 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu que os casamentos homoafetivos são equiparados às uniões estáveis entre homens e mulheres, reconhecendo, assim, a união homoafetiva como núcleo familiar.

Além disso, o STF entendeu que não há na Constituição um conceito fechado ou reducionista de família, nem qualquer formalidade exigida para que ela seja considerada como tal. Em 2013, o Conselho Nacional da Justiça (CNJ) determinou que todos os cartórios do país realizassem casamentos homoafetivos.

Caso seja aprovado na comissão, o projeto segue para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), em caráter conclusivo. Ou seja, não precisaria ir ao Plenário para nova aprovação, passando diretamente para apreciação do Senado. Só iria ao Plenário se ao menos 52 deputados assinassem um recurso nesse sentido.

A próxima votação na comissão está marcada para o dia 10 de outubro.

A proposta divide os parlamentares. Os contrários argumentam que trata-se de um projeto inconstitucional.

Na avaliação da deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), o texto muda legislação com o objetivo de derrubar uma interpretação constitucional. “Isso não existe, é uma proibição para o casamento”, disse, acrescentando que já são aceitas no mundo diversas configurações familiares. “Esta Casa foi feita para garantir direitos e não para retirar direitos”, afirmou.

Os defensores da proposta, como deputado Delegado Éder Mauro (PL-PA), afirmam que a Constituição já determina que casamento é apenas união estável entre homem e mulher. “Qualquer lei ou norma que preveja união estável ou casamento homoafetivo representa afronta direta à liberdade do texto constitucional”, apontou.

 

Fonte: Agência Brasil/Com informações da Agência Câmara



MAIS NOTÍCIAS

Operação Hidra cumpre nove mandados de busca e apreensão em Iepê

Denúncias apontavam a atuação de suspeitos no tráfico de drogas.

3º Almoço Solidário do Lions Clube será dia 24 de agosto em Paraguaçu Paulista

Haverá música ao vivo e um cardápio especial.

Bolsonaro diz que não promoveu ação golpista ou atos de 8 de janeiro

Defesa do ex-presidente pediu absolvição ao STF

Baile para escolha da Rainha da Expo será no dia 6 de setembro

Neste ano, serão eleitas a Rainha, Madrinha e Princesa da festa

Anatel revoga obrigatoriedade do uso do prefixo 0303 em ligações

Código tinha o objetivo de reduzir o número de ligações indesejadas

Brasileiros sacam R$ 318,37 milhões em valores a receber em junho

Mais de 48 milhões de pessoas ainda podem ter acesso ao dinheiro

Mega-Sena sorteia nesta quinta-feira prêmio acumulado em R$ 47 milhões

Apostas podem ser feitas até as 19h, horário de Brasília

Brasil reciclou 97,3% das latinhas de alumínio em 2024

Latas voltam do lixo à prateleira em 60 dias

ANUNCIE DIVULGUE